Budapeste foi a última capital que visitámos durante uma das nossas viagens ao centro da Europa. E terminámos em beleza, porque esta linda cidade parece saída de um conto de fadas.
Neste artigo partilhamos o roteiro que fizemos pela capital da Hungria durante dois dias e meio, durante os quais conseguimos visitar muitos sítios e ter experiências bem interessantes. E como fomos em Dezembro, apanhámos a época maravilhosa dos mercados de Natal.
Para chegarmos a Budapeste, apanhámos em Bratislava, na Eslováquia, um comboio e fizemos uma viagem de 2h45. Decidimos ficar alojados num apartamento localizado numa zona bem central da cidade.
Pesquise aqui alojamento em BudapesteRapidamente percebemos que Budapeste se estende pelas duas margens do rio Danúbio: Buda e Peste. O lado de Buda é de uma forma geral mais caro, pelo menos a nível de alojamento. Nós alugámos um apartamento central no lado de Peste, e a partir daí fomos para todo o lado a pé.
Na primeira manhã em Budapeste participámos na nossa habitual free tour, que nos deu muita informação interessante sobre sítios onde queríamos ir e sobre outros em que se calhar nem repararíamos sozinhos.
Como fomos no início de Dezembro, passámos por imensos mercadinhos de Natal em muitas praças e jardins, todos eles com banquinhas recheadas de comida e artesanato.
Como são muitos os locais e edifícios históricos que vale a pena ver nesta cidade, deixamos aqui a nossa seleção para o lado de Peste. O lado de Buda fica para um próximo post!
Um dos locais a não perder é o edifício do Parlamento húngaro, que tem um estilo que faz lembrar o do Parlamento de Londres. Inaugurado em 1896 e localizado bem junto ao rio, é imponente e recheado de pormenores decorativos.
A partir de Buda, do outro lado do rio, consegue-se ter uma outra perspetiva e ver todo o edifício.
Aproveitámos e participámos numa visita guiada ao interior do Parlamento, cuja riqueza decorativa nos deixou impressionados. Informação útil: bilhetes para visitas no próprio dia têm de ser comprados na bilheteira do Parlamento; para comprar com dias de antecedência tem de ser online.
No fim da visita pode-se explorar um pouco mais a história deste edifício e da sua construção no espaço museológico onde está também a estrela vermelha que esteve no topo da cúpula durante o regime comunista. Durante este período, o Parlamento era o edifício mais alto de Budapeste. Depois de retirada a estrela, em 1990, este edifício passou a ter exatamente a mesma altura que a Basílica de S. Estevão, 96 metros.
E por falar em Basílica de S. Estêvão, este majestoso edifício foi construído no início do século XX, tendo recebido o nome do primeiro rei húngaro, Estevão I. Quando lá passámos, tinha um grande mercado de Natal mesmo à frente, recheado de pessoas e coisas boas.
Reservámos também algum tempo para explorar o Bairro Judeu. Nesta zona da cidade pode ver-se a belíssima Sinagoga, descobrir-se a área onde estava circunscrito o gueto de judeus durante a II Guerra Mundial e muitos edifícios – que tinham pertencido sobretudo a judeus – bastante danificados e degradados.
Nalguns destes edifícios estão os famosos “Ruins bars” – bares com um ar alternativo, que inicialmente foram instalados naqueles espaços arruinados por ser mais barato. Têm um estilo muito próprio, vale a pena espreitar!
Muito próximo da margem rio Danúbio está o edifício da Academia Húngara de Ciências, em húngaro “Magyar Tudományos Akadémia” (fundada no século XIX). Foi à frente deste edifício que aprendemos que “magyar” significa…húngaro/a!
Muito perto da Academia de Ciências está o Hotel Four Seasons, que está instalado no Palácio Gresham. É um edifício muito bonito em Arte Nova, do início do século XX. Só o vimos por fora, mas parece que vale a pena entrar e espreitar o interior.
Aproveitámos um dos fins de tarde para ir aos banhos, um dos pontos altos da nossa visita a Budapeste. Escolhemos ir às termas de Széchenyi, das mais conhecidas e maiores da Europa. E não nos desapontou! O palácio onde estão estas termas, construído propositadamente para este efeito e inaugurado em 1913, fica dentro do Parque da Cidade. É enorme e é lindíssimo.
Alugámos um cubículo para mudarmos os dois de roupa, deram-nos uma toalha a cada um e lá fomos nós. Embora estivesse muito frio no exterior, tal como outras centenas de pessoas aventurámo-nos a entrar nas três grandes piscinas exteriores. Estávamos tão quentinhos dentro de água! Depois experimentámos praticamente todas as outras piscinas interiores, com água a várias temperaturas, bem como as saunas e banhos turcos. Uma experiência inesquecível cujos pormenores contamos aqui.
A caminho das termas, e segundo recomendação da guia da free tour, percorremos a Avenida Andrássy a pé, para apreciar vários edifícios interessantes que a pontuam. Um deles foi a Ópera, que vimos por fora.
A Casa do Terror, um museu com exposições relacionadas com o fascismo e o comunismo, e que lembra as vítimas que sofreram sob estes regimes durante a II Guerra Mundial e o domínio soviético, respetivamente.
Mesmo no final da Avenida Andrássy, já muito perto do Parque da Cidade, está a Praça dos Heróis. Em forma de meia lua, é impossível passar despercebida, com uma série de esculturas de importantes chefes e líderes húngaros, e o Millennium Memorial ao centro, sobre um túmulo do soldado desconhecido.
A Praça é ladeada por dois edifícios: à esquerda o Museu de Belas Artes e à direita o Palácio da Arte.
Muito perto da Praça dos Heróis fica a entrada para o enorme Parque da Cidade e o edifício que dá acesso ao maior ringue de patinagem que algum de nós já viu, no lago do parque. O ringue estava cheio de gente quando lá passámos ainda de dia. Quando regressámos, à noite, estavam apenas algumas pessoas a deslizar no gelo a alta velocidade e a fazer piruetas. Estavam em treino! Fantástico de se ver.
No lago do Parque da Cidade existe uma ilhota onde está o belíssimo Palácio Vajdahunyad. Infelizmente já só o vimos de noite, ao regressar das termas, pelo que não pudemos apreciar tão bem toda a sua decoração.
Mas tivemos uma surpresa: durante a free tour tinham-nos dito que o ator António Banderas tinha sido avistado em Budapeste por aqueles dias. Não chegámos a vê-lo, mas estivemos bem perto! Ao passar junto ao palácio reparámos num grande aparato de carrinhas de gravação de imagem e som. Fomos tentar perceber o que se passava. Começámos a ouvir uns comentários, fizemos uma rápida pesquisa na internet, e pouco depois descobrimos que dentro daquele palácio estava, naquele preciso momento, o António Banderas a gravar para a série Genius (onde encarnou Picasso). É verdade que não o vimos, mas vimos coisas a acontecer, o que teve o seu quê de emocionante!
Durante a nossa estadia ainda tivemos oportunidade para espreitar o New York Café. É um salão de chá com um interior resplandecente, cheio de espelhos, lustres e belos pormenores decorativos. Vale a pena espreitar e, se tiver tempo, enfrentar as filas para conseguir mesa. Nós não chegámos a comer neste café, mas experimentámos alguns sabores de Budapeste bem bons, espreite aqui o que provámos.
Em húngaro “Szechenyi Lanchid”, a Ponte das Cadeias é uma elegante ponte pênsil que atravessa o rio Danúbio. Construída em meados do século XIX, liga Peste e Buda.
Vale a pena atravessar a ponte a pé e apreciar com calma as duas margens.
E aqui ficam as nossas dicas para conhecer Peste. Espreite aqui as nossas sugestões para a outra metade da cidade, Buda.
Tal como prometido, aqui ficam mais sugestões do que visitar em Budapeste, do outro lado do rio Danúbio, o lado de Buda. Começámos por ver este lado da capital da Hungria quando ainda estávamos em Peste, do outro lado do rio. E que vista! Edifícios monumentais, torres pontiagudas e a bela Ponte das Cadeias para lá chegar.
Alguns dos edifícios mais bonitos deste lado estão no topo de algumas das colinas de Buda. Para subir até lá pode ir-se a pé, como nós fomos, ou num histórico funicular que se apanha muito perto Ponte das Cadeias.
Ao subir a colina por um caminho aos esses deparámo-nos logo com um enorme edifício, o Castelo de Buda, antigo Palácio Real. É o grande edifício que se vê na fotografia inicial deste post. O Palácio original é do século XIII, mas o atual estilo arquitetónico é já do século XVIII. Ayualmente estão instalados este edifício dois museus, a Galeria Nacional e o Museu de História de Budapeste, cuja entrada é paga. Nós entrámos para o átrio de um deles para descongelar um bocadinho, mas acabámos por não visitar. Vale a pena dar uma volta ao Castelo e explorar os seus pormenores decorativos e arquitectónicos.
À direta do Castelo, estando de costas para o rio, subimos umas escadas lindíssimas, com pedra e ferro trabalhado, e descobrimos um miradouro de onde se tem uma ótima vista para o lado de Peste. É nesta zona que está também a Câmara Municipal de Budapeste.
Fizemos parte deste percurso ainda durante a nossa costumeira free tour, que tinha partido de Peste. Seguimos por entre mais alguns edifícios, ruínas e quarteirões até à belíssima Igreja de Mathias. Com o seu telhado de telhas coloridas, portais, janelas altas e torres de todas as alturas, esta igreja gótica deixou-nos maravilhados. É fotogénica seja de que ângulo for. Não chegámos a entrar (a entrada é paga), mas disseram-nos que dentro da igreja está um busto de Sissi, imperatriz do Império Austro-húngaro que adorava Budapeste e de quem os húngaros também gostavam muito.
Atrás da Igreja de Mathias, mais próximo do rio, está o Bastião dos Pescadores. É um miradouro lindíssimo, ele próprio uma obra de arte, com vista para o rio e para o lado de Peste. É delicioso espreitar pelas janelas, passar pelos corredores, subir as escadinhas, admirar os torreões. Enfim, explorar o miradouro e as várias perspetivas que ele nos dá. A maior parte do miradouro é gratuita, mas há um terraço para onde é preciso pagar para subir.
Numa pequena rua perto da Igreja de Mathias está também o Labirintus (o labirinto do Drácula), que ainda ponderámos visitar mas acabámos por não o fazer. Parece que é um espaço subterrâneo onde se pode ter uma experiência assustadora…
Ainda do lado de Buda mas afastado desta zona do Castelo está o Memento Park. É um museu ao ar livre, recheado de enormes estátuas do período soviético na Hungria. Pareceu-nos muito interessante mas acabámos por não ter tempo para o visitar.
Para além dos locais mais icónicos e conhecidos, chegámos à conclusão que vale a pena perdermo-nos pelas ruas de Buda e de Peste, e descobrir outros belos edifícios, praças, estátuas, ruínas e detalhes que nos vão contando os segredos desta maravilhosa cidade. Por isso deixamos esse mesmo conselho: perca-se em Budapeste, o que vai encontrar vai valer muito a pena.
Aproveite e espreite aqui as coisas boas que provámos em Budapeste!
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Obg. Por tão explícita e completas explicações. Dá vontade de apanhar o próximo avião e ir visitar. A Hungria faz parte dos meus projectos de viagem. Vou guardar. Agradecida e excelentes viagens
Que bom que ficou com vontade de conhecer Budapeste, Manuela, vale mesmo a pena! Para nós é um gosto partilhar estas belas aventuras. Desejamos-lhe também umas ótimas viagens!
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