Menerbes

Pelas aldeias encantadas do Luberon

Durante o planeamento da nossa viagem à Provença, decidimos logo que queríamos conhecer algumas das aldeias que se encontram espalhadas pelo Parque Natural do Luberon. Mas quando nos apercebemos da dimensão do parque e da quantidade de aldeias maravilhosas que lá existem, ficámos com sérias dificuldades em decidir a quais ir. Olhando para o mapa e recolhendo o máximo de informação que conseguimos, traçamos então um plano.

De forma a aproveitar melhor o tempo e perder o mínimo de tempo possível em viagens, escolhemos um conjunto de aldeias a visitar na zona norte do Parque Natural do Luberon e outras a visitar na zona sul.

No norte queríamos conhecer as aldeias de:

  • Ménerbes
  • Gordes (e a Abadia de Sénanque, lá próxima)
  • Roussillon

Mais a sul escolhemos as aldeias de:

  • Lourmarin
  • Coucuron
  • Ansouis
Mapa das aldeias no nosso plano

Como tínhamos reservado a manhã para conhecer a cidade de Aix-en-Provence, tínhamos apenas a tarde para visitar as aldeias do Luberon. Um plano muito ambicioso, como já é habitual nas nossas viagens. Por isso depois de explorarmos Aix almoçámos qualquer coisa rápida e seguimos logo para o norte do Parque, por onde decidimos começar – sempre na companhia das ruidosas cigarras que povoam as árvores ao longo das estradas.

Menérbes

A primeira aldeia que visitámos foi Ménerbes. À parte o parque de estacionamento, onde pagámos um valor fixo de 3€, começámos logo bem. Esta é uma aldeia muito romântica, recheada de recantos e de ruelas.

Aldeia de Ménerbes Luberon
Aldeia de Ménerbes

Fomos ao serviço de Turismo pedir um mapa e subimos as ruas estreitas em direção à zona alta da aldeia. Ao aproximarmo-nos do antigo campanário, tivemos a surpresa de “tropeçar” numa equipa de filmagens, que por aqui rodava um filme. Nesta zona mais alta encontrámos também alguns dos maiores edifícios da aldeia, bem antigos, construídos em pedra.

Naquilo que parecia uma extremidade da povoação, perto da igreja de Saint-Luc, descobrimos um pequeno cemitério, cheio de erva e pequenas lápides meio inclinadas. Parecia bem antigo. Explorámos também alguns caminhos junto às muralhas, robustos vestígios de tempos mais atribulados.

Gordes

Chegou a hora de seguir caminho, em direção à aldeia de Gordes. Foi da estrada que começámos logo a avistá-la. E ficámos maravilhados. Parámos o carro e ficámos a apreciá-la à distância. As casinhas brilhavam ao sol e desciam a montanha, em cascata, pontuadas por pequenas manchas verdes de árvores que ainda davam mais vida a este quadro.

Aldeia Gordes miradouro
Aldeia de Gordes, vista de um miradouro

Adorámos e guardámos bem na memória esta imagem. E ainda bem, porque a verdade é que nenhuma fotografia lhe faz justiça.

Ainda fomos passear um pouco pelas estreitas ruas e escadarias de Gordes. Aqui, para estacionar o carro, o valor fixo era de 4€.

Gordes Provence Luberon
Detalhe de Gordes
Abadia de Sénanque

Como estávamos relativamente próximos da famosa Abadia de Sénanque, aproveitámos e fomos logo visitá-la. A imagem que tínhamos visto tantas vezes em fotografias era de um edifício antigo, comprido, ladeado por campos de alfazema bem roxa. E foi isto que encontrámos. Mas os campos, apesar de bonitos, não eram tão impressionantes como esperávamos.

Abadia de Sénanque
Abadia de Sénanque

Ficámos um pouco desapontados e receámos que, afinal, os campos de alfazema fossem todos assim. Mas não. No dia seguinte, no planalto de Valensole, iríamos descobrir fantásticos campos, não só de alfazema como também de girassóis.

No entanto, o desvio até ali valeu a pena: gostámos muito de conhecer a Abadia de Notre-Dame de Sénanque. Só de olhar para ela quase que nos imaginávamos na Idade Média. Aproveitámos também para entrar na igreja da Abadia, onde estava mais fresco, e descansar um pouco.

Roussillon

A tarde já ia longa. Pelas distâncias que nos separavam das outras aldeias que tínhamos planeado visitar no Luberon, percebemos que não iríamos conseguir ir a todas. Mas havia uma que não podia falhar: o Roussillon.

Quando chegámos junto a esta aldeia, mais uma vez descobrimos que o único sítio onde podíamos deixar o carro era um parque, onde tínhamos de pagar o valor fixo de 3€, independentemente do tempo. Sentimos que o dinheiro nos estava a fugir por entre os dedos, sem que tivéssemos alternativa – não dava para deixar o carro na estrada nem para entrar com ele na aldeia.

Mas valeu a pena, adorámos conhecer Roussillon. É uma aldeia muito pitoresca, onde a cor dominante é o ocre – a mesma cor da terra dos montes que a rodeiam.

Campanário aldeia Roussillon Luberon
Campanário na aldeia de Roussillon

Perdemo-nos por ruas e ruelas, descobrimos edifícios enfeitados de flores, passámos pelo arco da torre do campanário e explorámos a igreja, também ela ocre. Infelizmente, à hora que chegámos, as galerias de arte de existem pela aldeia já estavam fechadas. No entanto a própria aldeia parece uma verdadeira pintura viva.

Muitas das pessoas que visitam o Roussillon visitam também o Sentier des Ocres, um trilho onde é possível observar as características morfológicas dos solos da região. Deixámos este trilho para uma próxima oportunidade, mas se tiver tempo acreditamos que valerá a pena fazê-lo.

A caminho do Sul

Depois de visitarmos Ménerbes, Gordes e Roussillon, pouco tempo ainda tínhamos de luz do dia. Por isso fizemo-nos à estrada e dirigimo-nos para o sul do Parque Natural do Luberon. O nosso alojamento ficava para lá da extremidade sul do Parque, por isso tínhamos mesmo de fazer este percurso.

Não conseguimos visitar Coucuron e Ansouis, mas como a estrada por onde seguimos passava mesmo junto a Lourmarin decidimos parar um pouco nesta aldeia. Ainda havia luz suficiente para vislumbrar o seu castelo, ao longe.

Castelo de Lourmarin
Castelo de Lourmarin

Terminámos o dia felizes. Tínhamos ficado muito surpreendidos a cada nova aldeia que visitávamos e ficámos com vontade de conhecer mais. As que não chegámos a conhecer ficaram no plano para explorarmos numa próxima viagem à Provença!

Espreite aqui o roteiro completo que fizemos pela Provença. Há muito mais ver e visitar para além das aldeias do Luberon.

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1 thoughts on “Pelas aldeias encantadas do Luberon”

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