O Ri anda sempre a par das rotas que as companhias aéreas têm, deixam de ter ou vão abrir em breve. Por isso, logo depois de descobrir que ia abrir uma rota direta do Porto para Malta, decidimos partir para mais uma aventura e viajar até este país em Abril. Voámos diretos para Malta e, no regresso, para conseguir voos mais económicos, voltámos por Barcelona, ficando lá uma noite e um dia – o que ainda deu para passear muito!
Como nos deslocámos em Malta
A nossa aventura começou logo no aeroporto de Malta, depois de irmos buscar o carro que tínhamos alugado. Conduzir à esquerda, fazer as rotundas ao contrário, uma confusão para quem não está habituado! Durante os três dias que passámos em Malta dizíamos constantemente para nós próprios: “esquerda, esquerda, esquerda”. Tanto que quando regressámos a Portugal começámos por andar meio confusos sobre o lado certo para andar na estrada.
Mas valeu a pena. O carro deu-nos liberdade para irmos onde queríamos em duas das três ilhas maltesas: em Malta e em Gozo (para onde se pode levar o carro de ferry). E ao contrário do que lemos, achámos o trânsito muito calmo. Apanhámos apenas algum engarrafamento junto às cidades maiores em horas de ponta e levámos duas ou três buzinadelas em momentos em que não sabíamos bem para onde virar. Os Malteses às vezes conseguem ser impacientes.
O nosso apartamento
Ficámos bem alojados, num apartamento em St. Paul’s Bay, na zona norte da ilha de Malta, onde pudemos fazer auto check-in (o que deu jeito, porque chegámos já tarde, à noite), tinha estacionamento gratuito na rua e de manhã na receção deram-nos algumas dicas sobre o que visitar.
Pesquise aqui alojamento em MaltaUma nota importante: as tomadas são de ficha inglesa, por isso é sempre bom levar um adaptador. Nós não nos tínhamos apercebido disso, mas felizmente havia um adaptador no apartamento onde ficámos.
O que visitámos
Como só foram três dias e o tempo não estava grande coisa, bastante nublado e frio, acabámos por decidir não ir à terceira ilha, Comino, onde é a famosa Blue Lagoon. Por isso ficámos com mais tempo para explorar a ilha de Gozo e ganhámos uma desculpa para voltar um destes dias.
Na verdade, durante esta nossa viagem não chegámos a ir ao mar de todo. Em Malta são raras as praias de areia e o tempo em Abril não convidava a um mergulho. Mas também não nos pareceu o melhor país para férias de praia. Pareceu-nos interessante sobretudo para conhecer cidades antigas – que à distância quase pareciam cidades árabes, com os seus terraços no topo das casas, de cores claras – e curiosidades naturais que pontuam as ilhas.
Durante estes três dias não conseguimos fazer tudo o que tínhamos planeado. Por isso partilhamos aqui uma versão mais realista do nosso roteiro, com o que de facto conseguimos fazer. No final, deixamos uma lista de sítios onde não chegámos a ir mas que, havendo tempo, pensamos que devem valer a pena.
Dia 1 – Malta
- La Valleta (onde participámos numa free tour)
- Mdina (em Rabat)
- Popeye Village (vimo-la apenas de um miradouro)
Dia 2 – Malta e Gozo
- vista para Paradise Bay (muito perto do porto de Cirkewwa, onde se apanha o ferry para Gozo)
- ilha de Gozo (o ferry custou-nos 20,50 € pelo carro + condutor + 1 pessoa, ida e volta)
- Templos Megalíticos de Ġgantija e Moinho Ta’Kola (o bilhete inclui ambos)
- Calypso Cave (onde já não se pode entrar devido a movimentos geológicos) e vista para a baía de ir-Ramla
- Salinas de origem romana
- Santuário de Ta’Pinu
- Blue Hole e Inland Sea, na baía de Dwejra (onde se pode fazer um passeio de barco). Era aqui que também estava a Azure Window, que colapsou em 2017
- Cidadela de Victoria
Leia aqui o roteiro completo que fizemos na ilha de Gozo.
Dia 3 – Malta
- Spinola Bay (e a escultura “Love” que se reflete na água)
- Marsaxlokk (com o seu belo porto cheio de barquinhos de pescadores)
- St. Peters Pool (onde há em quem faça “praia” nas rochas)
- Blue Grotto (o mar estava bravo e não conseguimos fazer o passeio de barco)
- Dingli Cliffs (o ponto mais alto da ilha de Malta)
- praias de Ġnejna Bay, Għajn Tuffieħa Bay e Golden Bay (não tivemos tempo de propriamente fazer praia, mas foi para onde nos recomendaram ir se o quiséssemos fazer)
O que não conseguimos fazer
- Na ilha de Malta:
- ir às Três Cidades, do outro lado de La Valleta: Vittoriosa, Senglea & Cospicua
- visitar o templos de Hagar Qim
- Ilha de Comino, onde é a Blue Lagoon (o ferry custava 10€ por pessoa)
Relativamente à principal língua falada pelos Malteses – maltês – é muito diferente do que alguma vez tínhamos ouvido: uma mistura de árabe e italiano. Mas o inglês é a segunda língua oficial de Malta – vestígio do recente domínio inglês das ilhas, que só terminou com a independência de Malta, em 1964 -, e por isso quase todos os malteses falam um pouco de inglês. Dá para nos entendermos perfeitamente.
Apesar de não termos ficado fascinados com Malta – o tempo cinzento não ajudou – gostámos muito de conhecer este país. Com as suas cidadelas que parecem saídas da Guerra dos Tronos, paisagens muito bonitas e claro, toda a aventura de conduzir à esquerda para chegar a qualquer lado!
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Muito bom e sucinto este artigo/roteiro para conhecer Malta. Informações excelentes e úteis.
Obrigado e espero que possa usufruir das nossas dicas para Malta em breve. Um beijinho
Isso é que foi aproveitar ao máximo esses três dias. Quanto a Gozo, é mesmo fantástico, não é? Eu adorei! 🙂
Abraço e boas viagens.
Pois é, 3 dias deu para ter um gostinho, mas esperamos lá voltar com mais calma e conhecer também a ilha de Comino 😀 Gozo também nos surpreendeu bastante, apercebemo-nos que há lá muitos sítios giros para descobrir que não são tão conhecidos. Vale a pena ir à descoberta!
Continuação de muitas e boas aventuras, um abraço
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