“Todos os Caminhos vão dar a Santiago!”
Bem que podíamos adaptar a Santiago de Compostela esta expressão milenar aplicada a Roma.
Na verdade, são muitos os caminhos que vão dar a Santiago, alguns mais conhecidos que outros. Mas todos guardam memórias de peregrinos que noutros tempos por ali passaram.
O Caminho Português de Santiago Interior é um daqueles percursos que está agora a ser redescoberto e que vale a pena conhecer. Começa em Viseu e vai até Chaves, seguindo depois por Espanha adentro.
Se gostava de fazer este Caminho, venha daí e siga os nossos passos e dicas, neste percurso que é uma bela desculpa para explorar o interior de Portugal.
(Tivemos o prazer de partilhar alguns dias na companhia de 9 talentosos bloggers de viagem. Juntos, explorandámos alguns dos pontos mais emblemáticos deste percurso. Veja o vídeo.)
O interior por descobrir
Durante os últimos anos tem-se feito um trabalho de investigação cuidado para perceber por onde é que os peregrinos, desde a época medieval, passavam ao atravessar o interior de Portugal com destino a Santiago de Compostela.
Tem sido feita a reconstituição do Caminho Português de Santiago Interior, com a colocação das setas amarelas e criação de melhores condições para os viajantes descansarem e comerem ao longo do percurso – essencial para se ter uma boa experiência, seja qual for o motivo por qual se faz o Caminho, seja peregrinação, reflexão, passeio, cultura ou até desporto.
Este Caminho – ainda pouco conhecido e por isso também menos concorrido – guarda uma variedade de paisagens naturais, monumentos históricos e percursos perfeitos quer para introspeção quer para deslumbramento.
A também chamada “Via Interior” percorre 8 concelhos portugueses, em 11 etapas que se estendem ao longo de pouco mais de 200 km.
O percurso começa em Viseu, passa por Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, e segue até Chaves.
Depois pode-se atravessar a fronteira e, já em Espanha, seguir pela Via de la Plata até Santiago de Compostela.
De Viseu a Santiago a extensão total é de 387 km.
Informações úteis para preparar a sua viagem
Ao preparar a sua viagem, tenha em atenção que, mesmo sendo esta uma rota que é percorrida há séculos por peregrinos, ao contrário de outras rotas o Caminho Português de Santiago Interior apenas agora começa a ser promovido como “percurso turístico, religioso e cultural”, o que faz com que a informação disponível sobre o mesmo ainda não seja a ideal e por vezes até possa ser contraditória.
Links úteis:
- Site Oficial do Caminho Português de Santiago Interior
- O Caminho de Santiago – Site da Xunta de Galicia
- Mapa/ Dashboard ArcGis das várias etapas do Caminho Português de Santiago Interior
- Site da Federação Europeia do Caminho de Santiago
- Gronze – Guia do Caminho de Santiago
O Caminho Português de Santiago Interior, etapa a etapa
Em cada etapa indicamos o local de partida e o local de destino dessa mesma etapa, a distância em quilómetros e a duração estimada para fazer esse percurso. Claro que há quem faça cada etapa mais depressa e mais devagar, e até é possível dividir etapas maiores por dois dias, por exemplo, para não ser tão cansativo.
Está nas mãos de cada um decidir qual o ritmo que quer dar ao seu Caminho.
Etapa 1: Farminhão (Viseu) a Viseu – 16,13 km | +- 3h30
Para quem decidir chegar a Viseu a caminhar, provavelmente entrará neste distrito em Farminhão, vindo do município de Tondela.
O percurso entre Farminhão (onde existe um albergue de peregrinos) e Viseu é uma etapa maioritariamente rural.
Caso inicie o Caminho em Viseu, tal como nós, poderá saltar esta etapa e iniciar o seu percurso mesmo no coração da cidade, junto à Sé de Viseu (ver Etapa 2).
Sugestões de alojamento
- Albergue de Farminhão (ponto de partida da etapa)
- Albergue do Fontelo (Viseu)
- Allgo Hostel (Viseu)
- Hi Viseu – Pousada da Juventude
- Viseu Ryokan – Hospedaria Japonesa
- Pousada de Viseu
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 2: Viseu a Almargem (Viseu) – 15,77 km | +- 3h15
Se tiver oportunidade de fazer alguns desvios que lhe permitam conhecer um pouco melhor Viseu, há muito para descobrir no centro histórico da “cidade de Viriato”.
Pode ir conhecer o Rossio, com os seus belos painéis de azulejos, e aproveite para provar doces regionais na pastelaria Capuchinha do Rossio. Um dos doces mais tradicionais é o Viriato, um bolo em forma de V coberto de coco, que faz jus à memória do célebre líder dos Lusitanos.
Perca-se também pela Rua Direita, que guarda a traça típica e que foi, durante muitos anos, o epicentro comercial da cidade e da região.
Se estiver por Viseu no Verão, não pode deixar de visitar a Feira de São Mateus, uma das mais antigas feiras francas do país.
Mesmo com tanto para ver, não esquecemos o nosso principal objetivo: o Caminho de Santiago. Recomendamos começar a caminhar ao raiar da manhã junto à imponente Sé Catedral. Com a praça quase só para nós, é fácil encontrar a seta e a vieira que indicam o percurso a seguir, junto ao Museu Grão Vasco – museu este que merece uma visita, embora não num horário tão matutino.
Descemos lentamente a Calçada da Vigia, avistando aqui e ali memórias de tempos medievais, como pedaços da antiga muralha ou o bonito chafariz da Porta dos Cavaleiros.
Atravessamos o Rio Pavia e continuamos para além da Cava de Viriato, saindo da cidade em direção a Almargem.
Nesta etapa, é recomendado aos caminhantes maior cuidado na estrada romana de Pousa Maria.
Pontos de interesse em Viseu
Sé Catedral de Viseu, Igreja da Misericórdia, Museu Grão Vasco, janelas manuelinas na Rua Direita, estátua e Cava de Viriato, painel de azulejos do Rossio, Parque do Fontelo.
Gastronomia em Viseu
Vitela à Lafões, Cabrito assado, Rancho à moda de Viseu, Vinho do Dão, Viriato, Castanhas de ovos de Viseu.
Sugestões de alojamento
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 3: Almargem (Viseu) a Ribolhos (Castro Daire) – 23,63 km | +- 6h00
No início desta etapa vamos percorrendo alguns pinhais até chegar à descida para Cabrum, que é um pouco difícil.
Depois de passar uma pequena aldeia e atravessar um riacho, chegamos ao Concelho de Castro Daire, onde se inicia uma subida.
Ao chegar a Mões, vale a pena fazer uma pausa para explorar a vila, com a sua elegante Igreja de S. Pedro.
Aprecie os históricos edifícios do centro de Mões, que no tempo quente se encontra povoado por centenas de andorinhas atarefadas. Aqui, encontra a Padaria Sineta com a sua sumptuosa vitrine de doces e salgados, que faz lembrar a forte ligação que a vila teve em tempos à Coroa e à família de Egas Moniz.
Se tiver oportunidade, experimente o Bolo podre, uma especialidade regional de Castro Daire que, dizem os castrenses em jeito de brincadeira, se chama assim por ser “podre de bom”. Na verdade, o nome deste bolo, primo do folar, está relacionado com o seu elevado tempo de fermentação. Se antes era um bolo que se encontrava mais na Páscoa, hoje em dia encontramo-lo durante todo o ano.
Depois de Mões, o percurso sobe e, por entre campos cultivados, observamos em pano de fundo a Serra de Montemuro, pontuada por eólicas e com um detalhe curioso: cinco pequenos montes que se destacam na paisagem e que os habitantes locais apelidaram de “cinco tetas”. Não há como escapar à toponímia popular que tanto entretém e ajuda a animar os nossos passos.
Pontos de interesse
Pelourinho e Igreja de S. Pedro (em Mões), Igreja Paroquial de Moledo, paisagem natural da Serra de Montemuro.
Gastronomia em Castro Daire
Trutas do Rio Paiva em molho de escabeche, Cabrito assado, Arroz de feijão com salpicão, Bolo podre.
Sugestões de alojamento
- Albergue de Ribolhos
- Villas Boas House (Mões)
- Alojamento 88 (Castro Daire)
- Isabel do Couto – Casa de Charme (Castro Daire)
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 4: Ribolhos (Castro Daire) a Bigorne (Lamego) – 20,04 km | +- 5h00
A região de Castro Daire tem uma paisagem natural fantástica, com um planalto por onde passa o rio Paiva e, claro, o cenário da Serra de Montemuro.
Depois de Ribolhos, descemos até à aldeia de Vila Franca. Contornando a capela, descemos até ao rio Paiva, que atravessamos de forma curiosa e divertida: por umas pedras – as chamadas “poldras” – que, firmemente assentes no rio, nos permitem ir de uma margem à outra, até à praia fluvial da Folgosa. Esta zona é linda, perfeita para um piquenique.
Subimos então a Quinta do Vale da Cabra. Caminhando através do monte, o nosso Caminho cruza-se com a estrada de Vila Nova de Paiva.
Já depois de atravessar a ponte sobre o rio Paiva, subimos em direção a Baltar, onde o Caminho passa junto a uma Capela dedicada a Santiago – uma pista que nos indica que o Caminho de Santiago Interior original de facto passaria por aqui.
Mais à frente, passamos por uma ponte romana e por mais uma Capela de Santiago, até chegar a Moura Morta.
Aqui, existe o Albergue da Moura Morta – que fica mais ou menos a meio da etapa e pode ser útil para quem a fizer mais devagar, em dois dias – e que ocupa uma antiga escola primária, à semelhança de muitos outros albergues para peregrinos. Até lá chegar atravessa-se a aldeia, onde se pode apreciar um conjunto de elegantes espigueiros e, quem sabe, algum rebanho que passe.
O Caminho continua até Mezio, atravessando riachos, passando por moinhos e contornando a serra. Depois de passar a Igreja de Mezio, continuamos a seguir as setas amarelas até Bigorne.
Pontos de interesse
Paisagem natural da Serra de Montemuro, poldras no Rio Paiva, praia fluvial de Folgosa, Capela de Santiago (em Baltar), Capela de Santiago (em Moura Morta), exposição etnográfica do Mezio.
Sugestões de alojamento
- Albergue da Moura Morta (a meio da etapa; confirmar antecipadamente se está a funcionar)
- Palheiro Mezio (Mezio)
- Albergue de Bigorne (Rua João Paulo II, nº 125, Bigorne | Tel. 254 689 284/ 934 034 685)
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 5: Bigorne (Lamego) a Lamego – 16,58 km | +- 03h15
Seguimos o Caminho em direção à Ponte de Reconcos que atravessa o rio Balsemão. Já em Maqueijinha, encontramos a Igreja Paroquial, também ela dedicada a Santiago.
Os nossos passos cruzam-se várias vezes com a estrada nacional até chegar à bela cidade de Lamego. Aqui, recomendamos fazer uma pausa para explorar algum património histórico, desde o incrível Santuário de Nossa Senhora dos Remédios até ao castelo medieval.
É aqui, no município de Lamego, que começamos a entrar na região do Alto Douro Vinhateiro, classificada como Património Mundial da Humidade. Não há dúvida que as paisagens de socalcos trabalhadas pelo homem surpreendem a cada olhar.
Pontos de interesse em Lamego
Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, Sé de Lamego, Castelo de Lamego, Museu de Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, Caves Raposeira.
Gastronomia em Lamego
Coelho Bravo, Cabrito assado, Presunto de Lamego, Bôla de Lamego, Biscoito da Teixeira, Espumante Raposeira.
Sugestões de alojamento
- Albergue do Complexo Desportivo de Lamego
- Host’olaria
- Casa Portas 8&10
- Douro Castelo Signature Hotel
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 6: Lamego a Bertelo (Santa Marta de Penaguião) – 29,16 km | +- 6h45
Saindo de Lamego, o Caminho leva-nos em direção ao Peso da Régua.
Na Régua, atravessamos o rio Douro através de uma ponte pedonal, onde vale a pena abrandar para ver a vista. Já na outra margem, e havendo tempo para isso, o Museu do Douro merece uma visita.
Seguimos então para Santa Marta de Penaguião. Esta parte do Caminho é um pouco mais difícil devido à inclinação acentuada do percurso de montanha.
Já em Santa Marta de Penaguião, espreitamos a curiosa Igreja de São Miguel de Lobrigos e a paisagem de socalcos que a rodeia. Daqui, continuamos o percurso em direção a Bertelo, onde nos espera o descanso merecido.
Nesta região, o Caminho Português de Santiago Interior cruza-se várias vezes com a icónica Estrada Nacional 2.
Sendo esta uma etapa exigente em termos de distância, pode ponderar dividi-la em dois e pernoitar por exemplo no Peso da Régua, onde existem várias opções de alojamento.
Pontos de interesse
Museu do Douro (Régua), Casa do Douro (Régua), Igreja de São Miguel de Lobrigos (Santa Marta de Penaguião), Miradouro D’Ouro Vivo (Santa Marta de Penaguião).
Gastronomia em Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião
Arroz de forno com cabrito assado, Ferreirinhas, Rabelos, Rebuçados da Régua, Bacalhau com batata cozida ou arroz de feijão, Arroz de feijão, Truta do Rio Aguilhão, Vinho do Douro.
Sugestões de alojamento
- Albergue de Bertelo (final da etapa)
- Residencial Douro (Peso da Régua)
- Original Douro Hotel (Peso da Régua)
- Hotel Oasis (Santa Marta de Penaguião)
- Casa do Salgueiral (Santa Marta de Penaguião)
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 7: Bertelo (Santa Marta de Penaguião) a Vila Real – 11,64 km | +- 2h50
Deixamos Santa Marta de Penaguião e seguimos por paisagens desenhadas pelas vinhas do Douro até Santa Bárbara. Mais à frente, atravessamos o rio Sordo.
Mais à frente, o Caminho volta a cruzar-se com a estrada nacional e chegamos a Parada de Cunhos, onde se destaca a Igreja paroquial.
Continuamos com passo firme em direção ao fim desta (curta) etapa até àquela que em tempos foi uma vila muito especial para o rei D. Dinis: Vila Real. Vale a pena dedicar algum tempo a explorar o centro histórico desta cidade – que é atravessada pelo rio Corgo – e ir até à zona da Vila Velha.
Pontos de interesse em Vila Real
Sé de Vila Real (Igreja de São Domingos), Capela de São Brás, Vila Velha e Museu da Vila Velha, Central de Biel, paisagem natural da Serra do Marão.
Gastronomia em Vila Real
Vitela ou Cabrito assado com arroz de forno, Posta Maronesa, Covilhete, Folar, Crista de Galo, Pito de Santa Luzia, Gancha de S. Brás, Toucinho do Céu, Cavacório.
Sugestões de alojamento
- Albergue do Seminário Diocesano (Vila Real)
- O Palacete (Vila Real)
- Douro Village (Vila Real)
- Borralha Hotel (Vila Real)
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 8: Vila Real a Parada de Aguiar (Vila Pouca de Aguiar) – 26,01 km | +- 5h45
A partir de Vila Real, seguimos caminho em direção a Vilarinho de Samardã, onde uma imagem de São Gonçalo descansa na Igreja paroquial.
Nesta etapa, uma zona um pouco mais difícil é a travessia do rio Corgo precisamente em Vilarinho da Samardã, onde um caminho antigo conduz até uma ponte pedonal.
Depois subimos até à antiga linha de comboio, passando por Tourencinho, Gralheira e Zimão, onde percorremos caminhos antigos e passamos pela Capela de São Gonçalo.
Mais à frente, o Caminho segue pela Ecopista do Corgo, onde em tempos passou a linha de comboio.
O percurso continua até Parada de Aguiar, cujo nome, “Parada”, revela que por aqui “paravam” viajantes. Atualmente também é possível parar aqui para pernoitar no Albergue de Santiago e retemperar energias.
Pontos de interesse
Parque Natural do Alvão, Capela de São Gonçalo (Vila Pouca de Aguiar), Ecopista do Corgo, antiga linha ferroviária (Vila Pouca de Aguiar).
Gastronomia em Vila Pouca de Aguiar
Cabrito no forno, Vitela Maronesa, Cogumelos Silvestres, Castanha, Doce de Aguiar, Pastel de Aguiar.
Sugestões de alojamento
- Albergue de Santiago em Parada de Aguiar
- Hotel Europa (Vila Pouca de Aguiar)
- Hotel Aguiar da Pena (Vila Pouca de Aguiar)
- Alvão Village Camping (Vila Pouca de Aguiar – obriga a um desvio)
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 9: Parada de Aguiar (Vila Pouca de Aguiar) a Vidago (Chaves) – 22,22 km | +- 5h30
A partir daqui o Caminho Português de Santiago Interior começa a ser marcado pelas águas termais, que tão bem fazem à saúde.
Continuamos a percorrer o vale de Aguiar até Vila Pouca de Aguiar, descemos até Cidadelhe e cruzamos uma ponte de pedra.
Seguimos então uma antiga estrada romana, por entre campos, vacas e cavalos, até chegar a Pedras Salgadas.
Entramos pelos portões e passamos em pleno Parque das Pedras Salgadas, onde é possível apreciar edifícios centenários da “belle époque” que noutros tempos receberam famílias inteiras que “iam às termas” usufruir das propriedades medicinais das águas.
Se tiver oportunidade, sugerimos que experimente beber água de uma das 5 nascentes de água. Nós bebemos na nascente Pedras Salgadas.
Deixando as Pedras Salgadas para trás, passamos a ponte sobre o rio Avelames e continuamos até chegar a Vidago. Aqui, vale a pena apreciar o histórico edifício do hotel termal Vidago Palace – e quem sabe passar lá uma noite retemperadora.
Pontos de interesse
Lagoa do Alvão, Parque Termal de Pedras Salgadas, Vidago Palace Hotel, Igreja Paroquial de Vidago (Igreja de Nossa Senhora da Conceição), Fonte de Campilho.
Gastronomia em Chaves
Pastel de Chaves, Folar de Chaves, Presunto de Chaves, Chouriça de Cabaça, Rabanadas com mel.
Sugestões de alojamento
- Bombeiros Voluntários de Vidago (Albergue – confirmar disponibilidade com antecedência)
- Casa Fontes, em Pedras Salgadas (a meio da etapa)
- Pedras Salgadas Spa & Nature Park (a meio da etapa)
- Anevan (Vidago)
- Primavera Perfume Hotel (Vidago)
- Vidago Palace (Vidago)
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 10: Vidago (Chaves) a Chaves – 17,76 km | +- 3h00
À semelhança do que acontece em muitas das etapas anteriores, o Caminho volta a ir ao encontro da estrada nacional e passa por várias terras – uma delas Redial, onde existe uma Capela dedicada a Santiago.
Seguimos caminho até à bela cidade de Chaves, onde se encontra o famoso quilómetro 0 da Estrada Nacional 2 e por onde passa a Entrada Nacional 103, que recomendamos percorrer numa próxima oportunidade (leia aqui o nosso artigo sobre a EN103).
Aqui, podemos conhecer alguns vestígios da antiga cidade romana de “Aqua flaviae”, tal como a ponte romana de Trajano ou as maiores termas romanas da Península Ibérica, atualmente visitáveis.
Tal como nas Pedras Salgadas, também em Chaves é possível beber um copo de águas termais. Para isso, podemos seguir o exemplo dos flavienses e ir relaxar à Buvette, onde a água, com propriedades medicinais, brota a 70 ºC.
Pontos de interesse em Chaves
Ponte romana de Trajano, Museu Termas Romanas de Chaves, Torre de menagem, Igreja Matriz, Buvette.
Outra gastronomia a destacar em Trás-dos-Montes (vários municípios)
Cozido, Feijoada, Posta Transmontana, Carne de Porco Bísaro.
Sugestões de alojamento
- Hotel Albergaria Borges (Outeiro Jusão)
- Ibis Styles Chaves
- Castelo Hotel
- Hotel Casino Chaves
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Etapa 11: Chaves a Vilarelho da Raia (Chaves) – 14,90 km | +- 2h30
Esta é a última etapa do Caminho Português de Santiago Interior antes de entrar em território espanhol.
O percurso marcado pelas setas amarelas sai de Chaves em direção a Vilarelho da Raia, cuja Igreja paroquial guarda uma imagem de Santiago.
Se o objetivo for continuar até Santiago de Compostela, basta em Vilarelho da Raia (onde também existe um albergue) atravessar a fronteira para Espanha.
Consulte mais informações sobre esta etapa aqui.
Continuar o Caminho até Santiago de Compostela
Para quem quer continuar o Caminho até Santiago, seguirá a partir de Verín pela Via de la Plata, chegando a Santiago de Compostela habitualmente em mais 9 ou 10 etapas. Um bom recurso para preparar esta parte da viagem é a ferramenta de planeamento do site da Xunta de Galicia.
Da nossa parte, resta-nos desejar-lhe “Bom Caminho!”, esperando que esta informação lhe seja útil.
Nota: Realizámos esta viagem a convite dos oito municípios por onde passa o Caminho Português de Santiago Interior, em conjunto com outros bloggers de viagem amigos. Não caminhámos a totalidade do Caminho, mas apenas alguns trechos do percurso que acreditamos serem uma boa amostra do que há para conhecer. Complementámos o relato da nossa experiência com informação oficial, relatos de outros viajantes e experiências anteriores em alguns dos locais. Se de alguma forma considerar que a informação disponível pode ser melhorada, não hesite em deixar-nos uma mensagem.
Conteúdo selecionado para o artigo “Os melhores blogs portugueses de viagens”, publicado pela editora educativa Twinkl.
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Soberbo trabalho de pesquisa associado à experiência pessoal dos autores. Bravo!!
Obrigado Rui! Ficamos muito felizes por teres gostado.
Útil e minucioso! Vou consultar antes de fazer o Caminho!
Obrigada!
Que bom que gostaste, Ana! Bom Caminho!!
Excelente artigo, muito completo e que nos deixa com vontade de ir fazer todo o caminho!
Muito obrigada, Jorge! Bom Caminho!!
Se eu destaquei os rostos, vocês destacaram muito bem a arquitetura que se encontra ao longo do Caminho. Muito bom
Obrigada! Tão bom quando nos complementamos e mostramos as várias perspetivas dos sítios por onde passamos.