10 surpresas gastronómicas em Pequim

Para grande surpresa nossa, a viagem que fizemos à capital chinesa revelou-se uma fantástica experiência gastronómica. Por isso, tal como prometido no nosso primeiro post sobre comida na China, vamos falar melhor sobre o que comemos em Pequim.

Hot pot, o fondue chinês

O Hot pot lembra de alguma forma o fondue: somos nós mesmos que cozinhamos na mesa. Começam por nos trazer uma espécie de tacho com água a ferver e alguns temperos. Tempera-se a água. Depois vem a comida, que vamos deitando no tacho à medida que queremos comer: fatias finas de carne, cogumelos, vegetais, tofu, entre muitas outras coisas. Depois de cozinhada, basta ir tirando a comida do “pot” e comê-la com os vários molhos (há uns mais suaves e outros mais fortes e picantes). Uma verdadeira delícia e muito divertido!

Macau em Pequim

Durante a nossa estadia, a nossa amiga portuguesa que nos recebeu em Pequim levou-nos a um restaurante macaense. Era muito giro, com o nome de ruas portuguesas na decoração. Parecia mesmo que tínhamos encontrado um bocadinho de Portugal no sítio mais improvável. Aqui, comemos algumas coisas diferentes, a maioria delas muito saborosa. Mas foi também aqui que o Ricardo não conseguiu comer o prato que pediu… quando percebeu que eram pés de galinha!

Comida de Macau
Pratos que pedimos no restaurante macaense
Comida doce ou picante?

Desta vez com uma amiga chinesa que também vive em Pequim, fomos a um restaurante lindíssimo onde, assim que entrámos, os empregados nos “cantaram” as boas-vindas a alto e bom som – como fazem a todos os clientes que entram. Na hora de escolher os pratos, a nossa amiga perguntou-nos se preferíamos comida doce ou picante. Como eu não sou grande apreciadora de picante e achámos que doce talvez significasse “não picante”, optámos pelo doce. Para nossa surpresa, para além de vários pratos salgados, vieram mesmo pratos doces para a mesa. E não eram sobremesa…

Não sabemos o nome do que comemos, mas sobretudo os pratos salgados eram deliciosos. Relativamente aos doces, provámos por exemplo um caldo quente de arroz doce e um pudim feito de bagos de arroz. Eram um bocadinho estranhos. Mas como sobrou pudim, seguimos as regras de boa educação locais e ainda o levámos para casa.

Massa e companhia

Perto da Praça Tiananmen fomos comer uma massa deliciosa, que a nossa amiga portuguesa adora. Para a mesa trouxeram-nos a massa e os vários ingredientes: era só misturarmos e comer. Simples, rápido e muito saboroso. Aproveitámos que na ementa havia outras coisas que ainda não tínhamos experimentado e pedimos algumas, para petiscar.

O famoso Pato à Pequim

Como não podia deixar de ser, fomos também a um bom restaurante especialista em Pato à Pequim. Comer este prato tem todo um ritual. Para a mesa começam por trazer fatias fininhas de massa, tipo pequenos crepes, e vários vegetais para os rechear. Depois trazem o pato já cozinhado e fatiam-no finamente à nossa frente. A partir daí cada um faz os seus “crepes”, recheando-os com aquela carne tenrinha e vegetais. No final ainda nos trouxeram os ossos do pato para levarmos para casa para se quiséssemos fazer um caldo. A regra é: paga-se por um pato, pelo que se tem direito a tudo!

Pato à Pequim
Castanhas assadas

É verdade, em Pequim também se comem castanhas assadas na rua. São mais pequenas do que as que comemos normalmente em Portugal e com um sabor um pouco diferente. Mas também são muito boas, e ainda melhor souberam com o frio que estava.

Castanhas chinesas
Dumplings para todos os gostos

Eu não sabia o que eram dumplings (gyosas), mas depois de provar fiquei a adorar. São algo semelhante aos nossos rissóis, mas bastante diferentes em textura e sabor. São feitos com massa e podem levar vários tipos de recheio. Podem ser cozidos, cozinhados a vapor ou fritos. Experimentámos vários e cozinhados de diferentes formas. Nunca desiludiam.

dumplings ou gyosas, China
O fruto do dragão

Apesar de já se ver em supermercados em Portugal, foi em Pequim que experimentámos pela primeira vez o fruto do dragão. Um fruto lindíssimo, quer fechado como depois de aberto. O sabor é leve e agradável, difícil de descrever.

Abóbora recheada e muito mais

A nossa maior aventura foi quando fomos os dois sozinhos jantar a um restaurante. Abrimos a ementa e, depois de escolher, indicámos à menina que nos estava a atender o que queríamos (apontando para as fotos dos pratos). E no fim dissemos “bulá”, ou seja, “não picante”. Foi aí que a coisa se complicou…

A menina começou a falar – em chinês, claro está – e a apontar para um dos pratos. Nós olhávamos para ela, sem perceber nada. A menina continuava a falar, e nós nada. Ela ainda tentou, um pouco desesperada, que algum colega viesse ajudar, mas ninguém queria vir. Então o Ricardo decidiu tentar usar o Pleco, uma aplicação de tradução de e para Chinês. A menina escreveu qualquer coisa na app, que traduzido ficou muito estranho. Mas sem desistir, lá continuámos a trocar “mensagens”. Ao fim de meia hora e muitas tentativas conseguimos perceber o problema (ufa!): um dos pratos que pedimos não existia sem picante. Lá pedimos outro para o substituir. E valeu a pena. Para além dos dumplings, comemos uma mini abóbora recheada, algas e outros pratos que estavam ótimos.

Cerveja Tsingtao

E como a gastronomia não é só comida, experimentámos também uma cerveja chinesa, a Tsingtao. Não sou grande especialista em cerveja, mas era boa. É uma cerveja leve e refrescante. Apesar de os chineses não terem grande tradição cervejeira esta é uma das marcas mais antigas do país, tendo sido criada em 1903 por imigrantes alemães.

Cerveja Tsingtao China

De uma forma geral, a comida nos restaurantes onde fomos era bastante barata para os nossos padrões, pelo que nos permitiu experimentar uma grande variedade de pratos. E alguns destes restaurantes eram em shoppings: em Pequim há imensos shoppings moderníssimos e enormes, onde cabem vários grandes restaurantes, sempre muito bonitos.

Sempre que não tínhamos um chinês connosco, tínhamos mesmo de comunicar por gestos (tipo filme mudo): apontar para a imagem dos pratos que queríamos na ementa e indicar quantos eram. Felizmente na maioria dos casos correu tudo bem e as pessoas sempre se mostraram simpáticas e atenciosas.

Por isso o nosso conselho é que, ao visitar a China, vão de mente aberta para experimentar a gastronomia. A variedade é muita e a maioria da comida é deliciosa. Nota-se que cozinham com carinho. É uma aventura de sabores que sem dúvida recomendamos.

Se quiserem ficar a saber mais sobre a nossa viagem à China podem ouvir aqui a entrevista que nos fizeram no programa BackPack da Rádio Universidade de Coimbra.

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2 thoughts on “10 surpresas gastronómicas em Pequim”

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